Após reunião realizada na noite desta segunda-feira (06), o Conselho de Pastores de Codó e o prefeito Francisco Nagib decidiram pelo retorno dos cultos nas igrejas evangélicas mesmo diante da pandemia do coronavírus. De acordo com a assessoria de comunicação do governo municipal, a medida teve o aval do promotor de justiça e do comandante da Polícia Militar.

Apesar da comemoração de parte da comunidade evangélica, a decisão é contrária ao decreto assinado pelo governador Flávio Dino, que mantém a suspensão até 12 de abril de atividade que possibilitem a grande aglomeração de pessoas em equipamentos públicos ou de uso coletivo.

A decisão de retornar com os cultos evangélicos pode gerar grandes problemas para os envolvidos. O próprio Procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, recomendou que os prefeitos sigam as normas federais e estaduais e lembrou que o Código Penal Brasileiro prevê detenção de um mês a um ano, além de multa, para quem descumprir determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa.

Lembramos que a decisão do prefeito e pastores também desrespeita as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pedem que as pessoas permaneçam em casa e evitem locais fechados com muitas pessoas. Além disso, a medida vai colocar em risco a saúde dos fiéis que participarem dos cultos.