No dia 26 de maio o Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor (Procon/MA) notificou as revendedoras de gás de cozinha do município de Codó. A ação do órgão foi amplamente divulgada nos meios de comunicação e os codoenses chegaram a acreditar que pagariam menos pelo produto.
Segundo o Procon os estabelecimentos deveriam apresentar justificativa para os preços praticados após denúncias de suspeita de aumento abusivo. Na época o presidente do Procon/MA, Duarte Júnior, afirmou que o Instituto manteria constante vigilância contra a suspeita de elevação excessiva dos preços.
“Estamos cientes da situação de Codó e iremos analisar todas as revendedoras para saber se há ou não abusividade. Agiremos com firmeza para assegurar que a revenda do gás de cozinha em Codó e em todo o Estado seja realizada com segurança e com preços razoáveis para o consumidor”, afirmou o presidente.
No entanto o resultado da fiscalização não deu em nada e o gás de cozinha em Codó continua um dos mais caros do Brasil. O produto é comprado atualmente no município ao preço de R$ 75 e há informações de que chegue a R$ 80 ainda essa semana.
Aumento do preço nas refinarias
Na semana passada o preço do gás de cozinha (GLP) nas refinarias foi aumentado em 12,9%. Foi o segundo aumento no preço cobrado nas refinarias em menos de um mês.
A Petrobras justificou o aumento através das variações do produto no mercado internacional. A última alta nas refinarias, que entrou em vigor a partir do dia 26 de setembro, foi de 6,9%.
O preço do GLP é um dos fatores que determinam o preço final do botijão de gás comprado pelo consumidor – além de impostos e margem de lucro. A Petrobras estima que se o reajuste for repassado integralmente pelos distribuidores, ele representará um adicional de R$ 3,09 (cerca de 5,1% do preço final).
O preço médio do botijão de 13 quilos pago pelo consumidor no país era de R$ 62,21 na última semana, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).