Uma mulher identificada apenas como Thamiris de Sousa Rodrigues, de 23 anos de idade, morreu na tarde deste sábado (30) após ter complicações minutos após dar à luz no Hospital Geral Municipal (HGM) de Codó. Familiares acusam o hospital de negligência, eles dizem que a vítima sentia dores desde às 1 da manhã e o médico se recusava a realizar uma cesárea e por esse motivo teria perdido a vida após o filho nascer de parto normal.

Entramos em contato com o diretor clínico do HGM, Cláudio Paz, que garantiu que não houve negligência médica e que todos os procedimentos possíveis e necessários foram feitos para tentar salvar sua vida. O médico explicou que a mulher sofreu um tipo raro de complicação após dar à luz e que ele mesmo fez uma cirurgia nela após o parto normal que foi feito por outro especialista que estava de plantão no hospital. 

“Fizemos todo o procedimento para tentar salvar a vida dessa jovem, ela teve uma hemorragia pós-parto, uma complicação que não é comum, principalmente no primeiro filho. Foi uma evolução muito rápida e em nenhum momento ela ficou sem assistência médica. Mandamos buscar três bolsas de sangue no hemomar, levamos para o centro cirúrgico, foi feito uma histerectomia. Acredita-se que ela teve uma complicação por uma coagulação intravascular na gravidez, que é uma coisa que é raro durante a gravidez”, disse Cláudio Paz.

O diretor também informou que o prontuário mostra que a mulher chegou ao hospital às 3h35 e que seu parto foi realizado às 11 horas. Ele também garantiu que não havia a necessidade de realizar um parto cesárea e que o tempo de espera para dar à luz é normal para mulheres que esperam o primeiro filho.

“Normalmente a evolução do trabalho de parto de uma paciente que espera o primeiro filho demora cerca de 12 horas, todo parto tem esse tempo de dilatação do colo do útero. Essa hemorragia poderia ter acontecido tanto no parto normal quanto no parto cesariano, porque se a pessoa tiver uma alteração de coagulação intravascular na gravidez, ela também dá no parto cesariano. Em alguns casos essa complicação no parto cesariano é maior que no parto normal”, explicou.

Cláudio Paz disse que o recém-nascido passa bem e lamenta que a mãe tenha perdido a vida por causa das complicações que sofreu.

“Garantimos que tudo o que estava ao nosso alcance foi feito e que em nenhum momento essa paciente deixou de receber o atendimento necessário. Lamentamos muito o que aconteceu e nos colocamos a disposição da família”, finalizou o médico.