Nunca foi tão difícil vender em Codó. Na sexta maior cidade do Maranhão a crise parece não ter fim. São muitas as reclamações de que o dinheiro parou de circular no comércio local. E o problema não é recente, há muito tempo as vendas estão sendo registradas abaixo do esperado.

E a crise não tem atingido apenas um setor especifico, todos estão sendo afetados, dos pequenos empresários aos grandes varejistas. Como reflexo, os comerciantes estão sendo obrigados a demitir parte de seus funcionários e alguns estão até fechando as portas por não conseguirem mais cumprir com suas obrigações.

“Eu nunca passei por um momento tão ruim nesses mais de dez anos que trabalho em Codó. Estamos fazendo de tudo para manter a loja funcionando, enxuguei os custos, demiti funcionários, reduzi os estoques, mas mesmo assim continuo fechando no vermelho”, reclamou um comerciante que pediu para não ser identificado.

Não está sendo fácil para ninguém, até segmentos que antes não eram afetados estão sofrendo com a crise, como supermercados e farmácias que vendem bens de primeira necessidade. Um exemplo é a filial da BIG BEM que fechou as portas de sua loja em Codó no ano passado.

Os setores mais afetados e que mais demitiram são os que vendem bens duráveis e produtos mais caros, como vestuário, lojas de departamento e concessionárias de veículos.

Demissões

Segundo números do Cadastro Geral de Empregado e Desempregados (Caged), divulgados no mês passado, Codó teve o pior desempenho na geração de empregos no Maranhão no mês de março.

De acordo com a estatística, em março, quando o Estado teve saldo positivo de 1.336 empregos preservados, Codó teve desempenho de -128. No acumulado do ano, são 161 empregos perdidos e o saldo dos últimos 12 meses também é negativo: -227.