Aparelho chegou a ser usado pela ex-paciente do HGM

Uma grave denúncia envolvendo o Hospital Geral Municipal (HGM) chegou à redação do Blog do Marco Silva. A neta de uma ex-paciente relatou que comprou um oxímetro para ser usado em sua avó e o aparelho acabou sendo furtando de dentro do hospital.

A denunciante relata que decidiu comprar o oxímetro (equipamento eletrônico que mede e monitora os sinais vitais de uma pessoa, como frequência cardíaca e oxigênio no sangue) após ser informada que esse tipo de aparelho não está disponível na sala de internação do hospital.

“Eu comprei esse oxímetro no dia 19 justamente pra colocar no dedinho dela porque ela tava com a saturação caindo pra ser monitorada 24 horas, sendo que lá encima não tem 24 horas. Então, no dia 21 esse oxímetro foi furtado do OS. Antes da troca de plantão ele foi furtado”, relatou a mulher identificada apenas como Fátima.

A mulher revelou também que comprou o oxímetro por R$ 230 em uma farmácia da cidade. Após o furto do aparelho, ela afirma que procurou a direção do hospital, mas teria sido mal tratada pelo diretor Emílio Matos.

“Eu procurei o Emílio Matos e ele não me ouviu. Me tratou super mal e falou que não tinha como resolver, que o hospital não poderia dar conta. Ele simplesmente virou as costas pra mim no momento que eu estava conversando com ele”, contou a denunciante.

Dona Elvina, de 84 anos, usou o oxímetro por apenas um dia antes de ser furtado. A idosa morreu na madrugada do último dia 23 de julho na sala de internação do HGM.

O outro lado

Procurado por nossa equipe de reportagem, Emílio Matos afirma que a mulher está mentindo e que não tratou ela mal. O diretor também disse que não foi solicitado a compra do oxímetro. No entanto, não explicou como o aparelho foi furtado dentro do hospital.

“Não tratei ela mal. É mentira, disse a ela q não posso assumir furto. De terceiros …em nenhum momento o hospital solicitou a compra de oxímetro de acompanhamente. Ela faltou com a verdade….mas fique a vontade. Essa paciente estava na sala vermelha, onde tem oxímetro permanente no próprio aparelho de monitoramento… não essa necessidade”, disse Emílio Matos.