Antônio Joaquim Araújo Filho nasceu em Codó (MA), no dia 21 de agosto de 1940, filho de Antônio Joaquim Araújo e de Neide Magalhães Araújo.
Na Pontifícia Universidade Católica (PUC), de Salvador, fez medicina, de 1960 a 1965, e pós-graduação em saúde pública, além de cursos de especialização nas áreas de cirurgia e obstetrícia. Em 1981, diplomou-se em administração hospitalar no Hospital São Camilo, em São Paulo.
Iniciou a vida pública em sua cidade natal, participando da fundação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação ao regime militar instaurado no país em abril de 1964. Assumiu a Secretaria municipal de Saúde e Educação, cargo que exerceu de 1973 a 1976. Em 1980, com a extinção do bipartidarismo, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), e ocupou a Secretaria de Saúde de São Luís, onde permaneceu até 1982.
Desincompatibilizou-se para concorrer à prefeitura de Codó, em novembro. Saiu do PDS em 1986 para fundar o diretório local do Partido da Frente Liberal (PFL), tornando-se membro da sua direção estadual. A prorrogação dos mandatos dos prefeitos e vereadores, para que as eleições municipais fossem realizadas em separado, propiciou-lhe mais dois anos na prefeitura, de onde só saiu em 1º de janeiro de 1989.
Em outubro de 1990, numa coligação encabeçada pelo PFL, concorreu à Câmara dos Deputados, obtendo a terceira suplência. Em 1992, nomeado pelo governador Edson Lobão, ocupou a Secretaria de Saúde do Estado, da qual se afastou em 1994 para tentar novamente uma cadeira no Legislativo federal. No pleito de outubro desse ano foi eleito deputado federal na legenda do PFL, assumindo sua cadeira na Câmara dos Deputados em fevereiro do ano seguinte, na qual tornou-se titular da comissão especial que debateu o voto facultativo e vice-presidente da comissão que examinou os projetos de emenda constitucional modificadores do artigo 196 da Constituição, sobre a universalização e gratuidade da prestação dos serviços de saúde.
Entre as principais votações realizadas pela Câmara ao longo desse ano, acompanhou a orientação de seu partido, integrante da base de sustentação governista no Congresso, e apoiou emendas e projetos destinados a abrir a economia às empresas e investimentos estrangeiros, como a que propôs a redefinição do conceito de empresa nacional, e as que extinguiram ou flexibilizaram os monopólios estatais ou privados nos setores de gás canalizado, petróleo e telecomunicações. Esteve ausente na votação da emenda que abriu a navegação de cabotagem às empresas estrangeiras, mas votou a favor da prorrogação por 18 meses do Fundo Social de Emergência (FSE), rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF).
Em 1996, passou a integrar, como titular, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e, como suplente, a de Seguridade Social e Família. Nas eleições de outubro, novamente candidato pelo PFL à prefeitura de Codó, foi apontado pelo jornal O Estado de São Paulo como um dos parlamentares que não se licenciaram para participar da campanha e nem compareciam às votações, mas recebiam pagamento integral pela convocação extraordinária do Congresso. Realizado o pleito, não conseguiu se eleger, retomando as atividades legislativas.
Em janeiro e fevereiro do ano seguinte, tanto no primeiro quanto no segundo turno da votação, votou a favor do projeto de emenda constitucional que permitia a reeleição do presidente da República, de governadores e de prefeitos. Ainda em 1997, tornou-se vice-líder do PFL, mas, posteriormente, ingressou no Partido Liberal (PL) e, em novembro desse ano, votou contra o projeto de reforma administrativa do governo que, ao ser aprovado na Câmara, acabou com a estabilidade do servidor público.
Em outubro de 1998, estando o PL integrando a coligação comandada pelo PFL, concorreu à reeleição, conseguindo a primeira suplência. No mês seguinte, votou a favor do projeto de reforma da previdência que fixou um valor máximo para aposentadorias, no setor público, bem como a idade mínima e o tempo de contribuição, no setor privado. Permaneceu na Câmara dos Deputados até o fim de janeiro de 1999, quando se encerraram o seu mandato e a legislatura. Porém, com a licença do deputado Sarney Filho, nomeado ministro do Meio Ambiente, Antônio Joaquim reassumiu o posto no dia 3 de fevereiro. Logo após, deixou o PL, filiando-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB).
Casou-se com Têmis Quintanilha Gerude, com quem teve cinco filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório. (1995-1999); Estado de São Paulo (7/7/96, 28/11/97);Folha de São Paulo (31/1/95, 14/1/96, 6/11/98); Globo (29/1/97); Jornal do Brasil (4/6/96).