A Justiça determinou a suspensão do aplicativo de mensagens Telegram no Brasil nesta quarta-feira (26/4), após a plataforma entregar dados incompletos de grupos neonazistas que arquitetavam ataques às escolas brasileiras. Segundo a Polícia Federal, as empresas de telefonia Oi, Claro, Vivo, Tim, além do Google Apple e da Play Store, receberam o ofício sobre o bloqueio na tarde de hoje.

Na última sexta-feira (21), as informações foram entregues após a Justiça exigir os elementos em até 24 horas sob pena de suspensão da plataforma no país e multa diária de R$ 100 mil.

Os dados foram solicitados depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, no Espírito Santo, que deixou quatro pessoas mortas e outras 12 feridas, apontou a interação do assassino com grupos de conteúdos antissemitas no Telegram.

Além de determinar a suspensão do aplicativo, a multa aplicada ao Telegram por não entregar as informações passou de de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.

Recusa

Flávio Dino comentou nesta quarta-feira (26/4) a suspensão do aplicativo de mensagens Telegram. Segundo ele, a decisão ocorreu a pedido da Polícia Federal, porque a plataforma se recusou a cumprir decisões judiciais envolvendo grupos nazistas investigados por ameaças e ataques a escolas.

A PF pediu e o Poder Judiciário deferiu que a rede social que não está cumprindo as decisões — no caso, o Telegram — tenha uma multa de R$ 1 milhão por dia e suspensão temporária das atividades”, citou Dino em coletiva de imprensa, durante evento em Fortaleza, Ceará.

Com informações do Correio Braziliense