O carnaval de Codó, já foi considerado o melhor do interior do Maranhão. A festa que tomou as ruas da cidade na administração do ex-prefeito Ricardo Archer, ganhou força na gestão de Biné Figueiredo, se manteve estável com o popular Zito Rolim e mostrou no ano de 2017 que está longe de ser considerado um bom carnaval.

Não foram poucas as pessoas que relataram que o primeiro carnaval realizado pelo prefeito Francisco Nagib, foi o pior dos últimos 25 anos, superando inclusive o modesto carnaval do ano passado, último do prefeito Zito. Foram muitos os fatores determinantes para que isso acontecesse, desde a falta de divulgação do evento, a péssima escolha da cerveja que foi vendida dentro da “Praça da Folia”.

Confira abaixo os SETE erros cometidos por Nagib que fizeram o Carnaval de Codó perder o título de melhor do interior do Maranhão e ganhar o de pior das últimas duas décadas e meia:

7 – Não valorizar os distritos de Cajazeiras e Km 17

Há vários anos os distritos de Cajazeiras e Km 17, recebiam bandas locais para animar o carnaval daqueles que não tinham condições de se deslocarem para a sede do município em busca de diversão. Quebrando essa tradição o prefeito Francisco Nagib não deu a mínima para os foliões das duas localidades que fazem parte de Codó e mereciam um pouco de valorização.

6 – Bebidas de baixa qualidade

O prefeito Francisco Nagib também errou na hora de escolher o patrocinador do carnaval de Codó. Os produtos ofertados no local eram de baixa qualidade e não agradaram os foliões. O resultado foi uma enxurrada de reclamações e venda muito inferior do que os barraqueiros esperavam, muitos deles tiveram prejuízos.

5 – Preço abusivo das bebidas vendidas no local

Além de ter escolhido um patrocinador que possui bebidas que não agradam muito a população codoense, o prefeito Francisco Nagib errou ao não controlar o preço dos produtos que eram repassados para os barraqueiros.

O Blog do Marco Silva descobriu que o produtor de eventos Luís Claudino (proprietário da Luz Produções), com o consenso da primeira dama, Agnes Oliveira, foi quem decidiu qual valor cobraria por cada bebida que seria vendida na “Praça da Alegria”. Luís Claudino que também é funcionário do município de Codó, inflacionou os valores de todos os produtos. A bandeja de refrigerante do patrocinador do evento, por exemplo, pode ser comprada na cidade por até R$ 16,95 (preço já com o lucro do revendedor), enquanto os barraqueiros recebiam por incríveis R$ 24,00. A bandeja de cerveja da mesma marca que era vendida do carnaval codoense, pode ser comprada por menos de R$ 18,00 (também já com o lucro do revendedor), muito abaixo dos R$ 26,00 que era vendida aos barraqueiros.

4 – Não teve Trio Elétrico

Tradição nos melhores carnavais do Brasil, o Trio Elétrico foi esquecido pelo prefeito Francisco Nagib. Presente apenas na prévia realizada uma semana antes do carnaval, a atração era sempre uma das mais aguardadas pelos foliões do município, que ficaram decepcionados com a decisão do gestor municipal.

3 – Faltou segurança

O ex-prefeito Zito Rolim gastava em média R$ 80 mil, somente com o pagamento da equipe de segurança. Diferente de seu antecessor, o prefeito Francisco Nagib gastou pouco mais de R$ 40 mil, e reduziu o número de pessoas que trabalhavam como seguranças particulares nas noites de carnaval. Até 2016 eram contratados cerca de 300 homens e mulheres, este ano foram menos de 150.

2 – Quase não teve divulgação

O carnaval codoense teve menos de 10 dias de divulgação, a decisão errada do prefeito, teve impacto direto no resultado da festa carnavalesca. Apesar de ter um espaço menor do que o Corredor da Folia, o local escolhido por Nagib andou longe de lotar, era possível andar tranquilamente em quase todo o espaço do evento, diferente do que acontecia em outros carnavais.

1 – Bandas de baixo nível

Nunca na história do município as bandas escolhidas para animar o carnaval foram tão criticadas pelos foliões. Não estamos aqui nos referindo as atrações locais, que aliás até se saíram bem.

O fato é que ao tentar economizar demais na contratação das bandas de fora do município, o prefeito Francisco Nagib, pegou o que há de pior no cenário musical brasileiro e trouxe para o município. O resultado foi desastroso, músicos sem sincronia e repertórios de gosto duvidoso foram apenas alguns dos problemas apresentados por essas atrações. A Banda Patchanka, por exemplo, parava constantemente seu show, ficando em total silencio por vários segundos.

Diferente do ex-prefeito Zito Rolim, que trouxe o cantor Wesley Safadão (na época ainda comandava a Banda Garota Safada), no primeiro ano do carnaval de seu mandato, o prefeito Francisco Nagib não contratou nenhuma banda que incentivasse o folião a sair de sua casa em busca de uma atração de qualidade.