A ex-ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, atribuiu grande parte dos impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul ao governo anterior, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em uma entrevista à CNN Brasil na última sexta-feira, ela ressaltou que o país enfrentou uma lacuna nas políticas climáticas durante a gestão de Bolsonaro.

“Se não tivéssemos enfrentado quatro anos de negligência em termos de políticas climáticas e de prevenção, poderíamos estar em uma situação diferente, com certeza. Essas políticas foram todas retomadas a partir de 2023. E é evidente que algo dessa magnitude não pode ser resolvido em apenas um ano.”

No entanto, apesar das críticas de Marina Silva, o governo atual, sob a administração de Lula, também está sob escrutínio.

Oito meses após se comprometer a destinar R$ 500 milhões para ações emergenciais no Rio Grande do Sul, ainda há uma parte significativa do valor prometido que não foi repassada.

Até o momento, falta um terço dos recursos, totalizando R$ 175 milhões.

Segundo informações divulgadas pela CNN, o Ministério responsável justificou que a liberação dos recursos está condicionada à apresentação de projetos pelas prefeituras.

A promessa de auxílio financeiro foi feita após um ciclone extratropical devastar o estado em setembro do ano anterior, resultando em danos substanciais.

Os recursos já repassados foram utilizados para diversas finalidades, incluindo a aquisição de itens essenciais como água, alimentos e produtos de higiene, além de investimentos em infraestrutura, como reformas em escolas, postos de saúde e vias públicas, bem como a construção de moradias para os afetados pelo desastre.