O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa completa 10 anos hoje, 21 de janeiro. A data foi escolhida em homenagem a ialorixá, Mãe Gilda, que vivia na Bahia.
Acusada de charlatanismo, ela sofreu ataques. Devido ao estresse, morreu de infarto em 2000. Apenas em dezembro de 2007, o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, instituiu o dia para se combater a intolerância religiosa.
Apesar do Brasil ser um país plural, os números de agressões por motivos religiosos são consideráveis.
Devemos sim desenvolver ações para combater a intolerância religiosa. Isso tem causado mal ao nosso país. Muitas pessoas ainda estão sendo agredidas verbalmente e até fisicamente pelo fato de pensarem diferentes e terem crenças diferentes.
Precisamos respeitar a crença, a fé das pessoas. O fato de alguém ter a fé diferente da minha, não me impede de amá-la. Temos que amar mais e odiar menos. Temos que nos respeitar, o respeito é a melhor maneira de combater a intolerância religiosa.
É muito importante que as lideranças religiosas se unam  nesse momento em que o Brasil passa, por tanta intolerância religiosa inclusive com perseguição e  agressão às casas de culto afro brasileiro (terreiros), por fanáticos que praticam arbitrariedades em nome do cristianismo.
Sabemos que a intolerância religiosa não faz parte da ética cristã. Pessoas cristãs devem pautar a sua prática pelo Evangelho, cujo núcleo é a misericórdia, a compaixão, o amor e a paz. Olhar o outro como inimigo não é uma atitude que venha de Jesus Cristo.
Para fomentar o debate em torno desse assunto, a Secretaria Municipal de Governo, através do Departamento de Cultura e da Coordenação de Igualdade Racial promoverá na próxima terça-feira 23/01/2018, a partir das 14hs, uma palestra e uma mesa de debate composta por lideranças religiosas e representantes do judiciário, ministério público, defensoria publica, OAB, procuradoria municipal e outros convidados. O evento acontecerá no CEUs – Centro de Esportes e Artes Unificados no Conjunto COHAB (vereda).
Diga não à intolerância religiosa.
Por Augusto Serra (via blog A VOZ DA NEGRITUDE)