O Governo Federal anunciou que vai suspender a publicação de editais para abertura de novos cursos de medicina pelos próximos cinco anos. A informação foi dada pelo o ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo ele, a medida também barrará a ampliação de vagas nas faculdades já existentes, inclusive aquelas bem-avaliadas.

Mendonça Filho diz que a medida será tomada por meio de duas portarias a serem publicadas na sexta-feira no Diário Oficial da União (DOU) e que a justificativa é assegurar a “qualidade necessária” dos cursos.

A iniciativa do governo atinge cursos privados e públicos, federais e estaduais. Segundo o ministro, já teria sido alcançada no país a relação recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de número de médicos formados por habitante.

Como fica Codó?

A decisão do Governo Federal assustou os moradores do município de Codó, pois o Ministério da Educação (MEC) havia autorizado a abertura de 50 vagas para o curso de medicina na cidade. Muitos estão afirmando que o processo será suspenso e Codó não terá mais o aguardado curso.

Apesar dos comentários negativos, o curso de medicina está mantido em Codó e nos outros 27 municípios selecionados pelo MEC.  Pois de acordo com a decisão, serão permitidos apenas cursos que já estavam em processo de abertura. O secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Henrique Sartori, disse que, até 2023, há 67 novas escolas de medicina para serem implantadas.

Segundo o MEC, hoje existem 302 escolas de medicina autorizadas no país. A maior parte fica na região Sudeste (124), seguida por Nordeste (72), Sul (53), Centro-Oeste (27) e Norte (26). No total, são 31.256 vagas autorizadas.