O ex-presidente Jair Bolsonaro fez um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a devolução temporária de seu passaporte, visando uma visita planejada a Israel no próximo mês, a convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A defesa do ex-presidente requer a restituição do documento para uma viagem com duração de seis dias e sete noites, cuja data exata ainda não foi definida.

O passaporte de Bolsonaro foi confiscado por Moraes durante a Operação Tempus Veritatis, uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe que teria sido tramada durante seu governo.

A medida foi mantida no contexto da investigação sobre o episódio em que o ex-presidente ficou hospedado na sede da Embaixada da Hungria, em Brasília, levantando suspeitas de que estivesse buscando asilo para evitar possível prisão.

No entanto, na última quarta-feira, o ministro do STF determinou o arquivamento do caso, argumentando a ausência de elementos concretos que incriminassem o ex-presidente.

Embora a investigação tenha sido arquivada, a proibição de Bolsonaro deixar o país foi mantida.

De acordo com os advogados de Bolsonaro, a autorização para a viagem não representa qualquer ameaça às investigações da Operação Tempus Veritatis, considerando os compromissos previamente agendados no Brasil que exigirão a presença do ex-presidente após seu retorno de Israel.