Nos últimos dois meses, o Maranhão tem enfrentado um aumento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), gerando preocupação entre as autoridades de saúde. Cerca de 400 casos foram notificados, entre os meses de maio e junho.

Os números, divulgados pelo boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelam um crescimento alarmante em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Fiocruz, no estado, o vírus sincicial respiratório representa 40,3% dos casos, seguido pela Covid-19, que está em declínio e agora representa 22,8%. Os casos de influenza A e B representam, respectivamente, 17,5% e 6,6%.

A situação levanta preocupações entre as autoridades de saúde do Maranhão, que alertam para a importância da vacinação completa e da busca pelas vacinas disponíveis, mesmo após o encerramento da campanha. Segundo o Ministério da Saúde, o Maranhão não alcançou sequer 70% de cobertura vacinal.

“O vírus sincicial respiratório é um vírus que acomete uma infecção respiratória, que acomete mais bebês; mais crianças. Então, a gente vem orientando, principalmente os pais e responsáveis, a terem esse cuidado. Então, se a criança está apresentando sintomas gripais e, com três ou quatro dias, não houve melhora, [considera-se] levá-los a uma unidade de saúde”, afirma Tayara Pereira, superintendente de epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Quanto aos óbitos, a maioria está relacionada à COVID-19, representando 51,6% dos casos. Para a superintendente de epidemiologia da SES, Tayara Pereira, esses óbitos ocorrem, costumeiramente, em pacientes que não possuem o esquema vacinal completo.

“Todos os vírus respiratórios, se não tratados, podem levar a óbito. No entanto, a Covid-19, a gente teve, devido à pandemia, a gente teve um número maior de óbitos”, explicou.

SRAG

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é caracterizada por quadro de febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e, pelo menos, um dos seguintes sintomas:

  • Cefaleia;
  • Mialgia ou artralgia (dor articular), na ausência de outro diagnóstico específico;
  • Dispneia;
  • Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com a idade;
  • Piora nas condições clínicas de doença de base;
  • Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente, entre outros sinais e sintomas.

Com informações do G1