O que seria uma abordagem de rotina terminou em atrito e revolta de 09 parlamentares de Codó.
No dia 15 de janeiro, às 11 horas, Policiais Militares de Codó suspeitaram que o carro conduzido pelo vereador Junior Oliveira poderia ter sido usado em alguma ação criminosa e abordou o veículo assim que ele foi estacionado em frente à Câmara Municipal de Codó. Os PMs pediram ao edil que realizassem uma revista no carro e foram autorizados por ele.
Recebemos a informação de que nada foi encontrado, porém a ação policial deixou os vereadores revoltados com os PMs.
Diante do fato, os vereadores enviaram um oficio ao comando da “9º Companhia Independente da Policia Militar do Estado do Maranhão em Codó-MA”. Os parlamentares solicitam em caráter de urgência os nomes dos 3 policiais que participaram da ação no carro do edil.
Os parlamentares argumentam que houve total desrespeito a instituição legislativa como um poder constituído e ao edil Junior Oliveira.
O documento foi assinado pelos vereadores Junior Oliveira, iltamar Muniz, Leonel Filho, Cleane Cobel, Maria Paz, André Jansen, Domingos Reis, Chaguinha da Câmara e Milson da Gabriela.
Leia na íntegra:
Senhor Comandante,
No dia da reunião da Comissão em 15 de janeiro de 2018 as 11:00 horas da Oliveira Relator desta Comissão ao aproximasse da Câmara Municipal de Codó-MA no seu local de trabalho e precisamente ao estacionar seu veículo no estacionamento desta casa Legislativa foi abordado por Policiais Militares que para a sua surpresa, de forma acintosa, grosseira, ameaçadora e desrespeitosa e também ao que tudo indica dirigida com o objetivo de desmoraliza-lo e ofender covardemente a sua dignidade e moral perante a sociedade, pois tal episódio é inconcebível e infringe as leis vigentes no País e fere de morte os princípios Constitucionais sobre a preservação da imagem e do respeito.
Assim solicitamos oficialmente em caráter de urgência a Vossa Senhoria os nomes dos 03 policiais que fizeram aquela operação, que abordaram com a arma em punho em tom grave ameaça o Ver. Junior Oliveira, os quais trafegavam em uma caminhonete Blazer da Policia Militar os quais prestaram um desserviço, para tomarmos todas as medidas legais junto a esta respeitosa corporação, a Secretaria de Segurança do Estado do Maranhão e a Justiça de nosso Estado.
Dessa forma entendemos que houve um total desrespeito a instituição legislativa como um poder constituído e ao Edil, assim sendo de vital importância tornados as providencias o mais breve possível para aplicarmos de forma firme todas as medidas cabíveis junto a todos os órgãos competentes e em todas as instancias possíveis, pois queremos Justiça e o mínimo de educação e respeito que qualquer cidadão por mais humilde que seja merece.

O oficio foi recebido pelo Comandante do 17º Batalhão da Policia Militar, Tenente Coronel Jurandy Braga, que respondeu os vereadores.
O Comandante, também através de um oficio, inicia sua resposta corrigindo os parlamentares, que erraram ao mandar o documento a 9º Companhia Independente, quando deveria ter sido enviado ao 17º batalhão de Policia Militar.
Jurandy Braga também afirma que não vai instaurar procedimento administrativo, pois não houve pedido de abertura de apuração dos fatos narrados no documento enviado pelos edis.
Leia na íntegra a resposta do Comandante do 17º Batalhão da Policia Militar:
            Senhores Vereadores,
Em resposta ao Oficio em referência, solicito-vos que em razão do prosseguimento regular dada às documentações oficiais recebidas nesta Unidade e despacho ao escalão superior no Comando geral da corporação, seja corrigido a denominação desta Organização Policial Militar, visto que, a 9º Companhia Independente foi remanejada para outra cidade do interior do estado e nesta cidade fica sediado o 17º batalhão de Policia Militar. Portanto remeto-vos o expediente supramencionado, a fim de que seja corrigido o título para 17º Batalhão de Policia Militar, ora em vigor.
Outrossim, informo-vos que por não constar na referida solicitação, pedido de abertura de apuração dos fatos narrados no documento em referência, deixo de instaurar procedimento administrativo, ficando à disposição de Vossas Senhorias a Ouvidoria e Corregedoria desta Unidade para posterior formulação de queixa, cujo procedimento se inicia com o depoimento do denunciante ao Ouvidor e Corregedor desta Unidade Policial Militar.