Na semana passada a imprensa codoense divulgou a decisão favorável da justiça local em favor da Manufatureira Agrícola e Imobiliária Ltda. de propriedade do ex-prefeito Ricardo Archer. A sentença assinada pelo juiz da Vara da Fazenda Pública de Codó, Dr. Rogério Pelegrini Tognon Rondon, decidiu que a área do Aeroporto Magalhães de Almeida pertence a empresa do ex-gestor e não ao município.
Guerra contra Ricardo Archer
A decisão em favor de Ricardo Archer não agradou grande parte dos políticos da cidade. Os primeiros a demonstrarem publicamente a insatisfação foram os parlamentares codoenses, que iniciaram na noite de ontem (22) um bombardeio contra o ex-prefeito.

Os edis uniram forças e prepararam duas indicações direcionadas a empresa de Ricardo Archer. A primeira de número 265/17 solicita ao Poder Público Municipal que realize um levantamento das obrigações tributárias da Manufatureira Agrícola e Imobiliária Ltda, com seus respectivos imóveis e informe aos membros do Legislativo codoense. Os vereadores pedem ainda que após a conclusão da solicitação, a prefeitura viabilize a melhor forma possível de regularização de quaisquer pendências existentes, mesmo que para isso seja necessário a implantação de um refiz municipal.
Segundo ataque
A segunda ofensiva para cima de Ricardo Archer veio através da indicação de número 267/17 que pede a intervenção do prefeito Francisco Nagib para que ele não ceda a área do Aeroporto Magalhães de Almeida para uma empresa particular, viabilizando uma forma legal de não perder o local para a empresa Manufatureira Agrícola e Imobiliária Ltda. Os edis pedem também que o atual gestor apresente um projeto para o lugar.
Leia abaixo trechos dos argumentos dos vereadores Leonel Filho, Valdek Frota, Rômulo Vasconcelos, e Junior Oliveira.
“Toda rua tem um dono no município de Codó, pode ir no cartório. A maior parte dessas ruas é da manufatureira, se a manufatureira for dizer que é a dona da rua tal, da rua tal, ele vai ficar com Codó quase todo”, argumentou Leonel Filho.
“Ali naquele aeroporto já seria uma opção para a construção do futuro sambódromo de Codó, quem é que não gosta de carnaval?”, disse Valdek Frota.
“(…) Aonde o senhor Ricardo se diz político, e até o momento tudo o que ele faz é para prejudicar a sociedade”, disparou o Junior Oliveira.
“Eu acho que o município tem que desapropriar a área, entrar com um processo de desapropriação e entregar aquilo para a comunidade através de projetos sociais e voltar a beneficiar a sociedade. Mas aqui em Codó a gente já viu muita coisa, esse rapaz já até vendeu rua, imagine uma situação dessa né”, afirmou Rômulo Vasconcelos.