A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) realizou, de 09 a 23 de outubro, operação de fiscalização e combate a caça e tráfico de animais silvestres no Parque Estadual de Mirador e em sua zona de amortecimento, juntamente com o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e Batalhão de Bombeiros Ambiental (BBA). O objetivo foi combater o tráfico de papagaios e outras aves de valor comercial.

Na ocasião, foram realizadas as seguintes atividades: serviços de inteligência para identificar as principais áreas de captura, cativeiro, trânsito ilegal e comercialização de papagaios e outras aves de  valor comercial; investida de fiscalização ostensiva em residências de traficantes de papagaios; patrulhamento pelas principais  rotas de tráficos de animais silvestres.

Durante a ação fiscalizatória, foi encontrado em residências filhotes de papagaios da espécie Amazona aestiva, conhecido popularmente como Papagaio Verdadeiro; apreendido, também, um veado mateiro, da espécie Mazama americana.

“No ano de 2017, realizamos a mesma operação, na região entre o Povoado de Santa Tereza e o município de Balsas, com a participação da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Por esse motivo, foi verificada a redução de casos de retirada de papagaios dos ninhos, podendo concluir que a fiscalização efetiva nas principais rotas está mostrando resultado”, explicou a o técnico da SEMA e coordenador da operação, Wallace Santos.

Na região do Rio Alpercatas, a equipe chegou até um ponto de retirada de madeira da mata ciliar. A área já tinha sido alvo de denúncias por moradores do Parque, pois estes perceberam a derrubada da mata ciliar. Foi constatado a retirada de 10 árvores maçarandubas, 1 sucupira e 1 bacuri. As árvores estavam sendo preparadas como linha para telhado, ripas, pranchão e algumas árvores ainda estavam em toras.

Todas infrações foram efetivadas de acordo com a legislação ambiental, em especial a Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e seu Decreto Federal n° 6.514/2008, consolidada pela Constituição Federal, no que tange a sua aplicação com mais rigor.

O tráfico e a caça da fauna silvestre brasileira, sendo a terceira maior atividade ilegal do país e do mundo (http://www.renctas.org.br), por envolver principalmente pessoas com poder aquisitivo baixo, se torna de difícil controle. “As pessoas que vivem na região são influenciadas por médios e grandes traficantes a recolherem animais de seus ninhos e venderem para estes, por valor irrisório, fomentado a rede de tráfico. Para as populações pouco privilegiadas, esse comércio ilegal passa a ser um meio de sobrevivência, ou seja, um complemento na renda da família”, destacou Wallace.

A SEMA vem realizando constantemente atividades de fiscalização no local, e ações de educação ambiental nas comunidades, para sensibilização sobre o crime ambiental.

Ascom