Durante todo o ano, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) atua fortemente no controle e prevenção das queimadas. A incidência de focos de queimadas no Maranhão deve-se às ações do homem que ainda faz uso do fogo em suas diversas atividades de campo ou em sua maioria de forma criminosa e intencional, atrelado ainda às condições climáticas do Estado, tais como: ventos fortes, baixa umidade e temperaturas elevadas, que juntos se tornam condição para o fogo se espalhar e sair do controle.
Medidas simples como a limpeza e queima controlada nas áreas de foco de incêndios como áreas de domínios das ferrovias, das rodovias pavimentadas federais, estaduais e municipais e das estradas vicinais podem evitar o surgimento de focos de incêndio de grandes proporções.
“Os aceiros também são medidas simples e de alta eficiência. Eles também devem ser feitos no final do período chuvoso, quando as operações de limpeza da área são mais fáceis”, explicou o secretário Marcelo Coelho.
No sentindo de evitar o aumento de ocorrência de queimadas e incêndios florestais, a SEMA realiza o monitoramento dos imóveis rurais licenciados por este órgão, e quando identificado o crime ambiental, os proprietários são autuados e obrigados a recuperar as áreas queimadas, desenvolve-se ainda ações de educação ambiental, buscando sensibilizar a população quanto aos problemas e perdas gerados em decorrência das queimadas, campanhas educativas, além de manter uma parceria com o Batalhão de Bombeiros Ambiental (BBA) que juntos realizam diversas ações de prevenção e combate, a exemplo o curso de formação de brigada no combate aos incêndios florestais para os municípios maranhenses.
“A SEMA atua constantemente nesse controle e prevenção contra as queimadas, seja nas ações de educação ambiental, seja na intensificação das fiscalizações quando punimos os responsáveis”, destacou o Coelho.
Une-se a isso a ampliação das fiscalizações nas unidades de conservação, bem como reuniões com secretários de Meio Ambiente dos municípios com maiores índices de queimadas, a realização do Curso de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal em parques, como o do Mirador, além da capacitação de agricultores familiares em técnicas alternativas ao uso do fogo e o desenvolvimento do Plano Estadual de Combate a Incêndio.
O órgão ambiental, ainda, publica quinzenalmente o Boletim de Monitoramento de Focos de queimadas no Estado (veja no site www.sema.ma.gov.br). Esses dados são extraídos da Plataforma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Sistema de Informação Geográfica e Banco de Dados de Focos.
“Por meio desse monitoramento, é que a SEMA planeja suas ações de prevenção e controle às queimadas e incêndios florestais, principalmente naqueles municípios que em seu território possuem Unidades de Conservação Estadual, a exemplo o Parque Estadual do Mirador e no entorno de Terras Indígenas”, enfatizou a Secretária Adjunta de Recursos Ambientais, Talissa Moraes.
Aprovação de 35 milhões para combate a incêndios florestais
No último dia 09/11, foram aprovados R$ 35 milhões para combate a incêndios florestais e queimadas não autorizadas, que serão repassados pelo Fundo Amazônia. “Traremos esse recurso para o Estado, que serão utilizados em capacitação de servidores e de agricultores, desenvolvimento de sistemas de monitoramento do fogo, aquisição de equipamentos, construção de instalações, entre outras ações relativas ao monitoramento, combate e responsabilização por incêndios florestais”, disse o secretário Marcelo Coelho.
Monitoramento dos Focos de Incêndio e Queimadas dentro da extensão do Parque do Mirador
O Parque Estadual do mirador é uma importante unidade de conservação do Estado, instituída através da Lei nº 8.958 DE 08 DE MAIO DE 2009 com área total de área total de 766.781,00 hectares, possuindo uma além de fauna e flora características do cerrado brasileiro, as nascentes de dois importantes rios do Maranhão: Itapecuru e Alpercatas. Nesse sentido, a equipe do Laboratório de Geoprocessamento da SEMA (LABGEO), ao longo do biênio 2017-2018 têm trabalhado no desenvolvimento de uma rotina de processamento semiautomatizado de imagens, objetivando identificar cicatrizes de eventos de queimada na UC.
“Através deste trabalho, é possível obter a cartografia de áreas afetadas pelo evento bem como a mensuração destas, dentro da Unidade de Conservação. Este produto permite subsidiar a definição de estratégias de prevenção, controle e recuperação das mesmas”, explicou o responsável pelo LABGEO, Adauto Pestana.
Focos de queimadas
Tais ações levaram a diminuição de 39% de focos de queimadas no Estado no ano de 2016, em especial nas regiões Norte e Oeste do Maranhão, com concentração de casos na faixa central e maior dispersão nos municípios do Sul, como Balsas e Alto Parnaíba.
O Relatório de Incidências de Queimadas do Maranhão do ano de 2016 divulgado pelo Imesc monitorou e analisou as ocorrências de queimadas no Estado em diferentes níveis e escalas, mostrando a redução no quantitativo de focos registrados entre os anos de 2015 e 2016. Foram identificados 432.278 focos de queimadas no ano de 2015, enquanto que em 2016 esse número caiu aproximadamente 39% do quantitativo de focos em todo o Estado.
“Apesar da perceptível redução no número de queimadas no ano de 2016, o Maranhão possui fatores que contribuem para o surgimento de focos de incêndios, com as condições naturais do clima, solo e vegetação favoráveis para queimadas, principalmente nos municípios de clima mais seco”, afirmou a Supervisora de Combate e Controle ao Desmatamento e Queimadas da SEMA, Keila Melo.
Queima controlada
É considerado Queima Controlada o emprego do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais, para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos e realizado de forma planejada e controlada.
Para solicitar a autorização de queima controlada, acesse o site da SEMA (www.sema.ma.gov.br) e saiba como proceder.
Cuidados: Fazer aceiros ao redor da área que vai ser queimada, com uma largura mínima de dois metros; Nunca fazer queimada próximo aos rios, riachos, lagoas e açudes, para evitar a contaminação da água pelas cinzas; Avisar os vizinhos, três dias antes, sobre o local e a hora da queimada, para que eles possam ficar atentos aos perigos do fogo; Evitar fazer queimada em dias de muito vento ou quando o sol está muito forte; Colocar, se possível, uma pessoa com abafador a cada duzentos metros dos aceiros; Fazer aceiros junto às matas ciliares (às margens dos rios, dos açudes e dos riachos).
Ascom
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