Em menos de um mês, o Maranhão já adquiriu ou produziu mais de 700 mil máscaras de proteção individual contra o novo coronavírus. Os números representam a soma de um carregamento comprado pelo Governo do Estado mais as máscaras que já foram confeccionadas por internos do Sistema Prisional. 

No dia 24 de abril, uma carga importada com 200 mil máscaras desembarcou no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís. Na sexta-feira (22), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) anunciou que a produção dos internos do Complexo de Pedrinhas já está ultrapassando a marca das 500 mil máscaras de tecido e de TNT (Tecido Não Tecido). 

Todo o quantitativo de máscaras está sendo distribuído entre a população mais carente e servidores de órgãos públicos e secretarias de governo, conforme orientação da Secretaria de Estado de Governo (Segov) e da Secretaria de Estado da Saúde.

Especialistas em saúde pública e a OMS recomendam o uso de máscaras para reduzir a chance de contágio de Covid-19. Infectologistas apontam que quando duas pessoas usam máscara (a que está doente e a que está saudável), a chance de contaminação é baixa. 

A importância desse tipo de proteção é tão grande que o Senado se prepara para votar projeto de lei que obriga o uso de máscaras em locais públicos e privados em todo o país, enquanto durar o surto de Sars CoV-2. 

“Estamos fazendo o máximo para proteger a vida da nossa população. E reiteramos o pedido de colaboração de todos, usando máscaras e praticando distanciamento social”, disse o governador Flávio Dino.

Função social

Para os detentos que trabalham na confecção das máscaras nos presídios maranhenses, a produção representa mais uma oportunidade de reintegração social, já que, além da remição de pena (cada três dias de trabalho reduz um dia no sistema prisional), os presos envolvidos no processo fabril são remunerados com três quartos do salário mínimo.

“Em razão do coronavírus, os presos de Pedrinhas estão fabricando máscaras que serão doadas à população. Aquela que já foi uma das piores penitenciárias do Brasil hoje cumpre várias funções sociais”, frisou o governador em uma rede social. 

A produção nos presídios foi iniciada no dia 15 de abril nos presídios. A meta é que os detentos do Sistema Prisional do Maranhão confeccionem 1 milhão de unidades durante a pandemia.

Além disso, costureiros e costureiras da Ilha de São Luís e da Região Tocantina estão produzindo 440 mil máscaras que serão compradas pelo Governo do Estado.

Ascom