A empresa J F LIMA NERES, conhecida como Ultra Med, é acusada de sonegar mais de R$ 2 milhões em impostos ao tesouro municipal. A constatação foi feita pelo Departamento de Receita Municipal, que identificou as irregularidades praticadas pela clínica particular pertencente ao médico Zé Francisco.

As investigações apontaram que Zé Francisco vinha emitindo notas fiscais com valores abaixo do faturamento real de sua empresa. Fazendo isso, o médico conseguia driblar o pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

A estimativa é que a Ultra Med tenha faturado cerca de R$ 2,1 milhões nos sete primeiros meses de 2020. O valor é muito maior que os R$ 149.950,00 declarados pela empresa. O prejuízo aos cofres públicos totaliza R$ 2.001.349,36. Veja o documento abaixo

As investigações também já encontraram irregularidades em outras empresas de Codó, que foram flagradas cometendo as mesmas práticas ilegais. Todas deverão ser enquadradas na Lei Federal n.º 8.137/90, que tipifica o crime de sonegação fiscal. A pena prevista é reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Prejuízo aos codoenses

O montante sonegado pela Ultra Med surpreendeu até mesmo os fiscais tributários encarregados de fazer a fiscalização das empresas codoenses. Um deles esteve por duas vezes na clínica, nos dias 2 e 20 de julho, mas foi impedido de realizar seu trabalho pelo próprio médico Zé Francisco.

De acordo com um levantamento feito pelo Blog do Marco Silva, o valor sonegado por Zé Francisco daria para pagar cerca de mil plantões médicos de 24 horas cada (R$ 2 mil cada plantão), ou construir até seis postos de saúde em Codó (R$ 330 mil cada).

Procurado por nossa equipe de reportagem, a assessoria de imprensa de Zé Francisco não se manifestou até o fechamento desta matéria.