O sonho de dar à luz e trazer uma vida ao mundo quase se transforma em pesadelo para uma mãe codoense após uma equipe médica do Hospital Geral Municipal (HGM) se negar a fazer o parto. Flaviana Figueiredo foi levada às pressas para o Hospital Regional de Timbiras (HRT), onde a linda Maria Liz nasceu.

O relato dos momentos de angustia, tensão e sofrimento foi feito ao Blog do Marco Silva por dona Claudiana Araújo Figueiredo, avó da bebê. Ela nos contou que sua filha entrou em trabalho de parto com 39 semanas de gestação. Na última quarta-feira (09), a grávida foi levada para o HGM e atendida pela equipe médica de plantão. Eles teriam garantido que a gestante não estava pronta para dar à luz e, mesmo com fortes dores, mandaram ela retornar para casa.

“Logo após o almoço ela começou a sentir muitas contrações, dores fortíssimas e eu a levei para o HGM. Foi atendida por uma enfermeira, que infelizmente eu não sei o nome dela, mas, se procurar no prontuário, na escala de quarta-feira (09) que estava com o Dr. Bel, o nome dela vai tá lá, que ela é técnica de enfermagem, acredito que sim porque ela fez o toque em minha filha. Depois passou pro médico, eles mandaram ela ir pra casa. Essa enfermeira e o Dr. Bel mandaram ela ir pra casa porque ela não estava no tempo, só tava com 38 semanas e que até 42 semanas ela poderia ter a criança”, relatou dona Claudiana.

Após o diagnóstico errado da equipe médica, uma enfermeira teria tido que a mulher não poderiam ir pra casa naquela situação e pediu que elas entrassem novamente no hospital. Foi neste momento que uma outra profissional teria dito que a gestante estava com “frescura”.

“A enfermeira que mandou a gente pra casa não quis atender e ainda que minha filha tava com frescura, fazendo escândalo e que na hora que ela fez a menina ela não tava com frescura e fazendo escândalo daquele jeito”, disse a avó da criança.

Após recusarem novamente fazer o parto, um homem que passava pelo local ofereceu ajuda e passou o contato do ex-diretor da UPA Antônio Braúna para que ele as ajudasse. Sensibilizado com a situação, Braúna entrou em contato com o diretor do HRT, Sansão Pinheiro, que colocou uma equipe médica a disposição da codoense.

Levada as pressas para Timbiras, a gestante entrou imediatamente em trabalho de parto e por muito pouco a bebê não morreu. A criança estava com o rostinho roxo devido ao tempo excessivo que esperou para nascer.

“A minha filha tava com três centímetros de dilatação, em trabalho de parto. E aí, nós chegamos lá por volta das três e meia e às cinco e trinta e cinco da tarde minha filha teve parto normal, com a ajuda do Dr. Noleto e a equipe dele”, revelou.

A pequena Maria Liz esbanja fofura e já está em casa fazendo a alegria de sua família.

Ouça o relato: