Conforme está escrito na Revista Leia Hoje – Ano VI – Nº 49, Ed. 2000, foi o Comendador José Luís Nicolau Henrique, cognominado de Paul Real o marco inicial do município de Codó, com a construção de um depósito de taipa, coberto de palha, às margens do Rio Itapecuru. Ele foi sem duvida o principal colonizador do importante município de Codó, tento em vista que chegou a esta cidade no ano de 1820.

Ele era um homem de grandes posses, inclusive construiu um templo religioso com adoração a Santa Filomena. Acrescenta-se ainda, de acordo com a revista já citada, que o Governador da Província pediu-lhe o templo, o que foi aceito, sob a condição de que a Santa Filomena tornar-se padroeira de Codó. Por esta razão, Codó tem 2 padroeiras: Santa Rita e Santa Filomena.    

Francisco Sérgio Bayma

Do livro Codoenses e não Codoenses (Sínteses Biográficas) autor Professor Carlos Gomes, transcreve-se a seguir: Primeiro Intendente de Codó (1896), após a emancipação política do município, que se deu em 16 de abril de 1896, conforme lei provincial, nº 133, sancionada pelo então Governador da Província, Dr. Alfredo da Cunha Martins. Foi Deputado Estadual, na 26ª Legislatura – 1886-1887.

Nasceu em Codó, no dia 8 de fevereiro de 1840. Era casado com Maria Luisa Bayma. Seus filhos: Raimundo Muniz Bayma, Angelina Muniz Bayma, Francisco Sérgio Bayma Filho, Manoel (Minico) Muniz Bayma, João Muniz Bayma, Luiz Muniz Bayma e Carlos Muniz Bayma, pai da senhora Maria do Carmo de Carvalho Bayma Saads (Marina Bayma).

Descendente de tradicional família, radicada em Codó, proprietários de terras e políticos, o que lhe oportunizou a dirigir  os destinos do município, durante um ano de exercício, (1896-1897), sendo substituído pelo seu tio Manoel Ferreira Bayma.

Tendo em vista o seu efêmero mandato, de apenas doze meses, preocupou-se em estruturar o novo município que nascia. Entendemos, que por este motivo, não se encontram arquivados documentos comprobatórios referentes à sua administração.

O ilustre codoense, de tão alta estripe, faleceu a 12 de fevereiro de 1902.

Antonio Almeida Oliveira

Dados biográficos transcritos da Pequena Antologia de Escritores Codoenses Editados. Autor João Batista Machado, grande escritor, transcreve-se a seguir: Maranhense, nasceu na fazenda “Sitio do Meio”, município de Codó, em 17 de outubro de 1843 e faleceu  no dia 27 de outubro de 1887 no Rio de Janeiro, carinhosamente cercado não só dos seus familiares, como também, pelos administradores de sua sapiência de homem detentor de vasta cultura. Filho de Antônio Soares de Oliveira e da Ana Rosa de Jesus Oliveira.

Podemos dizer, que a sua vida foi ceifada prematuramente com grande perda para a intelectualidade brasileira. As suas atividades sempre foram brilhantes em todos os ramos em que eram exercidas: Publicista,  Jurídica, exerceu o Ministério Publico: Promotor, no município de Guimarães neste Estado, e advogado em São Luís, quando se elegeu Deputado Geral da Província do Maranhão.

Além de suas atividades já mencionadas, foi também um grande jornalista, colaborando em diversos jornais como “O democrata e o Liberal, sendo inclusive, escolhido como patrono da cadeira número 1 da Academia Maranhense de Letras.

Luiza D”lly Alencar de Oliveira

Em 2018, no mês agosto, dias 22, 23, 24 e 25, ocorreu a II Feira Literária de Codó – FLIC, na Praça São Sebastião, sendo homenageada a ilustre professora Luiza D’lly Alencar, autora da letra e música do Hino de Codó, que exulta como canção maior, a beleza e a grandeza de suas tradições. Luiza D’lly Alencar é natural da cidade Água Branca no Piauí. Acompanhando seus pais chegou a Codó, onde iniciou sua brilhante carreira estudantil no grupo escolar Colares Moreira, daí em diante até sua formação Universitária – UFMA, em 1995. Além de sua formação universitária, participou de vários cursos, jornadas e encontros que enriquecem o seu valioso currículo. 

Exerceu a Secretaria Municipal de Educação, na administração do prefeito Moisés Reis (1970/1973). Possui várias honrarias entre as quais, o titulo de Cidadã Codoense, outorgado em 16 de abril de 2000. (trecho colhido do Discurso do Professor Carlos Gomes, quando homenageado pela III FLIC, em 14 de agosto de 2019)

Raimundo Nonato de Sousa, conhecido como Dinaná

Este codoense foi o criador da bandeira e o brasão, símbolos do município como estabelece o Art. 9º da Lei Orgânica Municipal (1990).

Conforme o Livro Codó Histórias do Fundo do Baú, de João Batista Machado, o nosso pavilhão possui as seguintes cores: Preto, Branco e Vermelho.  Preto – representa a raça negra existente no município, donde herdamos muitas lendas, religiões e costumes.

Branco – representa os europeus que aqui vieram para colonizarção da nossa terra, trazendo consigo seus hábitos.

Vermelho – a raça indígena já existente no território local, homenageando os Guanarés.

As mesmas cores estão simbolizadas na Bandeira do Maranhão. Na parte central, de cor branca, encontramos o Escudo do Município assim formado:

Brasão

O BRASÃO divide-se em quatro losângulos, sendo:

Superior Esquerda – Encontra-se cinco torres do Castelo do Rei de França, Luís XIII.

Superior Direita – A Cruz Vermelha de Malta, simbolizando o cristianismo no Município, com a chegada dos missionários jesuítas.

Inferior Esquerda – Instrumentos representativos da musicalidade africana. A cultura e as tradições folclóricas, o misticismo, nela representada pelo totum, tambor e maracá.

Inferior Direita – O homem de macacão e capacete, representando o extrativismo mineral (cal, calcário, Bauxita e gesso).  

Raimundo Nonato de Sousa, Dinaná como era conhecido e querido pela comunidade Codoense, era também um grande designer e carnavalesco. Preparava fantasias e alegorias que davam brilho ao carnaval de Codó.

Ele foi aluno do autor destas linhas, nos cursos de primeiro e segundo graus, por sinal muito inteligente.

Os ilustres codoenses imortalizados, como bem diz o titulo deste texto, são merecedores do aplauso de todos os munícipes.

Codó-MA, 29 janeiro de 2020.

Professor Carlos Gomes