De local recorde em elogios para um lugar campeão de reclamações, assim se transformou a Unidade de Pronto Atendimento de Codó (UPA 24 HORAS). A mais recente aconteceu no final da noite deste domingo (25), por volta das 23h30, quando uma mulher (que pediu para não ser identificada) procurou a unidade de “saúde” em busca de atendimento para a sua mãe.

A codoense relata que sua mãe estava se reclamando de tontura, pressão alta e vomitava com frequência. No entanto não foi atendida por um médico porque simplesmente eles não estavam no local. Ela relata que após quase 40 minutos de espera e vendo a situação da sua mãe, teve que tomar uma atitude e gritou alto com uma funcionária do local exigindo o atendimento.

“Minha mãe estava muito ruim, passando mal, e não tinha nenhum médico disponível. Aí eu briguei e comecei a falar alto, aí a moça que trabalha aqui me chamou e disse que só tinha uma médica e que no momento ela estava fazendo um procedimento”, relatou.

Apesar da demora, a codoense relata que apenas quatro pacientes aguardavam atendimento. Sua mãe somente foi atendida quase uma hora após chegar no local.

Caos na UPA

A situação caótica em que se encontra a unidade somente começou a se instalar após a nomeação de Luís Henrique como diretor da UPA, em agosto de 2017. O ex-dono de uma locadora de filmes, tem demonstrado ser um péssimo administrador de hospital.

Luís Henrique acumula uma enxurrada de reclamações dos pacientes e funcionários do local, que alegam estarem sendo perseguidos pelo gestor. O diretor estaria forçando uma demissão de todos aqueles que foram indicados pelo ex-vereador Pedro Belo.

“Infelizmente as pessoas estão trabalhando com medo, pois a perseguição tem sido muito grande. Ele está fazendo de tudo para que a pessoa peça demissão e assim consiga colocar pessoas mais próximas dele”, relatou uma funcionária que tem medo de se identificar.

Além da perseguição, o diretor tem se mostrado ineficiente na gestão da UPA. É constante a falta de medicamentos, como soros e uma simples dipirona.

O diretor também mandou tirar o ar condicionado e aparelho de TV da sala de espera, gerando uma série de reclamações daqueles que precisam aguardar os pacientes serem atendidos.

Por Marco Silva